
E não podiam ser melhores do que são. Lindas, carinhosas, obedientes, estudiosas... Não são perfeitas porque "O Pequeno Príncipe" já disse que "nada é perfeito" e eu em parte concordo com ele, mas elas chegam bem pertinho de serem perfeitas na idade que estão.
Uma tem 11 e a outra tem 9. Uma é loirinha e a outra é moreninha. Uma usa aparelho nos dentes e a outra espera ansiosa a hora de coloca-lo. Uma faz o tipo tímida e a outra se entrega e abraça apertado. Uma gosta de sorrateiramente sentar-se no seu colo e a outra não faz cerimônia para beijar, beijar e beijar. As duas dizem "I love you" todos os dias; as duas fazem as tarefas sozinhas; as duas brincam juntas o tempo todo e brigam exatamente como irmãs fazem; as duas são minhas filhas.
Amo a Lúcia por vários motivos e não pensaria duas vezes em casar com ela novamente. E sabendo que ela me deu as duas filhas que temos, o amor transborda. Mas, e agora? E daí??? No meio desse amor que arde e que tenho pelas minhas filhas, tenho alguns medos e inseguranças de como enfrentar situações e em como tomar decisões baseado em como fui criado e em como estou criando. Somos um mundo de sermos influenciados e de influenciar e isso não é nada fácil. Portanto, entre as conjecturas e elucubrações, vou vir aos poucos exorcizá-las aqui. E como diria uma amiga minha, "e que seja doce..."