Thursday, December 21, 2006

Às vezes


Às vezes a neve cai e às vezes não.
Às vezes faz calor e outra vezes nem tanto.
Às vezes tem música nova e interessante e às vezes o melhor é o mais antigo.
Às vezes se tem mais dinheiro para gastar e outra vezes temos quase nada.
Às vezes a nossa lista de presentes é enorme e às vezes é menor.
Às vezes a decoração fica bem caprichada e outras vezes bem básica.
Às vezes tem roupa nova para a ocasião e às vezes se repete a do ano anterior.
Às vezes se viaja e às vezes não se vai a lugar nenhum.
Às vezes muitas coisas acontecem e outras vezes nada acontece.
Às vezes se tem certeza de tudo e às vezes se tem certeza de quase nada.

A única coisa que não é "às vezes" é que 25 de dezembro é natal e ele é tão certo quanto todas as incertezas que muitas vezes nos perseguem.

Saturday, November 25, 2006

Um Ano da Gente Aqui

Nao teve festa e nem agitacao. Nao teve pao de queijo e nem badalacao. Nao teve sorteios e nem postacao. Nao tem nem os acentos nas palavras e nem o c cedilha visto que estou num parque com as criancas e o bar para os pais esta aberto enquanto as criancas correm de um lado para o outro se divertindo. Mas hoje ha exatamente um ano atras a gente postava alguma coisa sobre a nossa esperiencia nas compras do Thanksgiving. Voltei para ler e ate dei boas risadas lendo aquele texto completamente despretensioso, solto, desconexo. E ele foi escrito exatamente assim, um texto para estrear o blog. E nesse um ano houve falta de tempo, falta de internet, falta de saco, falta de inspiracao, falta de assunto... Foram tantas as faltas, mas quando as presencas aconteciam, a gente se divertia. E quando eu digo a gente, eu me refiro exatamente a mim mesmo. Usei o termo "a gente" porque quis soar como um jogador de futebol quando fala de si mesmo.

Mas, antes de descambar para outros assuntos como as falas dos jogadores de futebol, a gente quer dizer que falar sobre passeios, ferias, morte, mudanca e mais um monte de coisa que a gente escreveu aqui, foi muito divertido e deu um prazer danado. Quem passou por aqui e leu a gente, que bom que voces passaram. Quem nao passsou e nao leu a gente, nao sabemos nem o que fazer com voces. Mas estamos entrando no Ano II com o mesmo template (aprendemos essa palavra bonita mas nao entendemos nada sobre isso e nunca tivemos o saco de ir atras!! :)), com a mesma estrutura, com o mesmo descompromisso visto que as faltas acontecem e nao temos muito poder sobre elas.

E quem veio, veio, quem leu, leu quem comentou, comentou... E o que faz disso aqui ainda maior eh que conhecemos pessoas novas, tivemos oportunidade de ler coisas interessantissimas e belas, participar atraves da leitura da vida dos outros (como somos curiosos!!!!) e tudo isso foi muito bom.

Nesse Ano II, que as presencas sejam mais que as faltas, que a gente continue a encontrar coisas boas por aqui, ler coisas interessates e que a novela da vida das pessoas que a gente encontra por aqui continue de maneira branda, feliz e pra frente.

Um abraco,

Da gente!

P.S. post sem imagem ja que o computador do barzinho aqui nao permite trabalhar com imagens! Oh, well, nada eh perfeito mesmo!! :))

Monday, November 20, 2006

Por um triz



Quando se estar por um triz, o coração bate fraco
A mente não raciocina, o peito aperta.
Quanto se estar por um triz, os olhos brilham um brilho de lágrima
E o nó na garganta aumenta.
Quando se estar por um triz, o amor aumenta
E a saudade multiplica.
Quando se estar por um triz se lembra dos bons momentos
E das felicidades produzidas.
Quando se estar por um triz não importa o que se diz,
Nem o que se quiz, nem se se foi tão feliz.
Quando se estar por um triz a paz é conturbada
E tudo parece ser uma bordoada,
Uma dor apertada.
Uma sensação de não ter sido suficiente,
Uma vontade de ter sido mais.
Quando se estar por um triz, a história vai se escrevendo do jeito dela,
Lentamente, seguramente e certamente.
Quando se estar por um triz vai se esvaindo
Se esvaindo, e se vai indo
Até que não se estar mais por um triz
E ai então o brilho dos olhos umedece
O coração padece e nada mais acontece
Até que a dor um pouco que adormece
E a vida nos preparando para viver por outros trizes.

Thursday, November 16, 2006

Voltando ao anterior


Acho que não tenho mais desculpas de já não ter voltado a postar. Nem precisava muita coisa, nem muita coisa bem escrita, ou a tentativa de escrever alguma coisa agradável de ler, ou divertida. Apenas voltar e dizer que voltei. Foi um sumiço até considerável, mas estou voltando. Não é um recomeço porque não houve um fim. Digamos que seja uma retomada depois que todas as panelas, quadros, móveis e bugigangas estão nos seus lugares na casa nova.

Mas não vamos exagerar, afinal de contas um perfeccionista nunca conseguiria ter a sua casa em ordem em apenas 45 dias após uma mudança. Mas há esperança. E enquanto cada item vai se encorporando ao novo ambiente, vamos retomando as rédeas do nosso "anterior".

Abraço forte para aqueles que esperaram, continuaram lendo o silencio e inclusive sentiram falta!! :))

Wednesday, September 27, 2006

Muitas coisas aconteceram, outras nem tanto...



Duas semanas já se passaram e muitas coisas deixaram de acontecer.

A população dos Estados Unidos ainda está abaixo dos 300 milhões. Alguns bebes precisam nascer para que se chegue aos 300.

Bin Laden continua escondido e por mais milhões de dólares que se gastem, ele ainda goza de liberdade, mesmo que limitada.

Por mais e-mails e reportagens que se façam para tirar Lula da presidência e da frente na disputa, ele continua incólume.

Minha pressão continua 13 x 8 com a ajuda de uma pilulazinha diária.

Minha esperança de que o mundo de certa maneira se tornará melhor e mais justo continua tão forte quanto antes.

Nossas coisas continuam encaixotadas e espalhadas pelo chão da casa a espera de uma mudança que ainda não aconteceu. Só que agora começamos a nos desanimar e a ter vontade de voltarmos a ter de volta a nossa casa com as coisas nos devidos lugares e não encaixotadas como quem espera fazer uma mudança em breve...

E dessa maneira algumas coisas vão acontecendo e outras nem tanto, exatamente como sempre aconteceu.

Sunday, September 03, 2006

Encaixotados...


Acabei de tropeçar em cima de uma das caixas de tolhas. Não machucou, mas me irrita o fato de estar com quase tudo encaixotado e não poder mudar. Não vejo a hora de colocar tudo dentro do caminhão de mudança e aportar no novo endereço. Por conta de um furacão que nunca veio e da rigidez das seguradoras, a nossa mudança foi adiada para 6 de setembro. Até lá teremos que comprar mais pratos e copos descartáveis, as roupas usadas serão lavadas para serem reusadas e assim não termos que abrir nenhuma das caixas.

Mas poderia ter sido pior. Imagine se o furacão Ernesto tivesse passado pra valer com chuvas inudando toda a área e ventos de 80 milhas por hora? Imagine se as TVs ja estivessem em caixas? E se o DVD já tivesse na mesma caixa da TV? E se o computador estivesse encaixotado na pasta especial? Mesmo que não haja música (CDs todos encaixotados!), pelo menos há Netflix nos trazendo filmes para assistir. E há o computador, a internet e tv a cabo que ainda não foram desconectados.

Ainda há esperança até mesmo porque 6 de setembro não está tão longe assim...

Saturday, August 12, 2006

Maravilhas arquivadas no álbum de fotos...

Talvez as montanhas sejam realmente o lugar para se achar a cabeça quando se perde a sua. Toda a tranquilidade do verde, riachos em todo lugar, cachoeiras, trilhas pra se andar e tudo isso a 10 minutos do hotel. A noite a cidadezinha fervilha com os turistas prá lá e prá cá na avenida principal. Procuravam comer, gastar dinheiro nas lojinhas de bugigangas ou assistir numa esquina qualquer a um grupo cantando ou dançando. Como dizem os cearenses: "pense num lugar fantástico!!"

Mas estamos de volta. Relátorios atrasados, vendas pendentes, pagamentos a fazer, exatamente como esperávamos. A vida nos faz surpresas, mas às vezes não há surpresa nenhuma.

Férias 2006 já estão no álbum de fotos. Nas próximas férias queria algo mais simples: a feijoada da minha sogra e quem sabe uns dias numa casa de praia na Praia das Fontes no Ceará...

The dream is on!

Thursday, July 20, 2006

Nem a galinha e nem eu somos de ferro...talvez decapitados..


Estou completamente sem folego. Corri o dia todo tipo galinha sem cabeça mas o meu pensamento (como pode uma galinha sem cabeça pensar?) estava em amanhã, afinal de contas ninguém é de ferro (nem a galinha sem cabeça!!!). Oficialmente estaremos saindo de férias amanhã em direçao às montanhas do Tennessee. Muito urso preto para procurar, correntezas de rios pra descer, cavalos pra andar, trilhas a percorrer e principalmente o ar regenerador de se estar nas montanhas. Acho até mesmo que posso realmente perder a cabeça... (lá vem a estória da galinha sem cabeça de novo!!!)

Bem, lá tem internet e estou levando o laptop, mas não garanto que vou arriscar checar e-mails, blog, orkut ou seja lá o que seja. Simplesmente vou e vou relaxar (e quem sabe eu encontre a minha cabeça por lá...ou a cabeça da galinha...ou a própria galinha sem cabeça!!!).

Abraços!

Sunday, July 16, 2006

Debutantes, Quinceañeras ou Sweet Sixteen


Você lembra quando você fez 15 anos?

Se você era uma garota, muito possivelmente teve uma festa de debutante. Eu continuo a achar essas festas a coisa mais sem graça do mundo!!! Dizem que a festa de debutante apresenta a menina à sociedade. E quem disse que eu quero colocar minhas filhas numa vitrine pros gaviões abocanharem? Ficou doido, foi? Quero mais é resguardar minhas filhas para o momento certo e na idade certa. Quem sabe aos 40 anos!! Não EU aos 40 anos... ELAS aos 40 anos!!!

Agora, se você era um garoto, não teve festa de debutante e nem nada especial com buffets alugados, roupas brancas esvoaçantes, afinal de contas garotos são machos e festa de aniversário de 15 anos é coisa de boiola!! Garoto que é macho pega os amigos no carro do pai e vai pra farra. Tão sem graça quanto a festa da debutante: o garoto não tem carteira de motorista e nem idade para beber e muito menos pra beber e dirigir ao mesmo tempo...mas é macho e isso é coisa de macho - dirigir sem carteira, transar com garota de programa e beber até vomitar! Acho que sou mais feliz por não ter tido filhos machos!!

Quanto a mim, tive aniversário de 15 anos com direito a bolo e velas, portanto não sou boiola, não transei com garotas de programa e nunca dirigi sem carteira. Devo ser muito nerd ou totalmente anormal. Ou muito normalzinho. De uma coisa eu tenho certeza: festas de 15 anos (ou de 16 anos nos States) deveriam ser abolidas. Muito melhor desfrutar uma viagem cultural à Europa na companhia dos pais!!


P.S. Se tudo for de acordo com os meus planos, estou com duas viagens culturais garantidas à Europa!!!
: )

Saturday, July 08, 2006

Futuro do Pretérito


E se eu fosse o sol, quem me aqueceria?
E se eu fosse um rei, quem me reinaria?
E se eu fosse uma cadeira, onde eu sentaria?
E se eu fosse um poeta, quem me comporia?
E se eu fosse um pintor, quem me pintaria?
E se eu fosse uma casa, onde eu moraria?
E se eu fosse o amor, quem me amaria?
E se eu fosse o mar, quem me nadaria?
E se eu fosse o tempo, como eu passaria?
E se eu fosse uma canção, quem me cantaria?
E se eu fosse você, quem você seria?
E se na verdade eu não fosse, quem eu seria?

Tuesday, July 04, 2006

4 de Julho, Discovery e Praia!


UFA!!! Finalmente um feriado nessa terra do Tio Sam. Pensei em dormir o dia todo, mas amigos me tiraram da cama para irmos em destino à praia. E lá fomos nós pro Sebastian Inlet. Muito sanduiche de atum com coca-cola; muita castanha de caju com coca-cola; muito chocolate com coca-cola e mais um monte de coisas com coca-cola. O dia estava bonito, o sol quente e a praia...bem a praia não importa porque quando vou à praia entenda-se que fui pra ficar sentado conversando, comendo e bebendo coca-cola!!

E de brinde vimos ao vivo o lançamento do Discovery pela NASA. Vi o foguete levando 7 astronautas subindo, subindo, subindo...coisa inacreditável. Ainda fico boquiaberto com essa tecnologia. Quando cheguei em casa e liguei a TV já estavam anunciando que a Discovery estava sobrevoando o sul da África. E eu levei uma hora e meia para chegar em casa da praia...

Bem, 4 de julho já esta acabando (já estou ouvindo os fogos lá fora), a praia foi boa, o Discovery partiu sem surpresas e agora só me resta esperar pelo 7 de setembro que apesar de não ser feriado de não ir trabalhar e ir pra praia aqui na cidade do Mickey, mas é feriado de ser brasileiro e saber de coração.

Saturday, July 01, 2006

Copa do que??


Acordei com o coração na mão e a esperança de que a França será mais uma no caminho da conquista do hexa. Já fui arrumar a minha camisa canarinho para vestir, a hawaiana verde-azul-branca com a bandeirinha do Brasil e o short verde bandeira. Completamente a carater para assistir ao jogo do Brasil às 3 da tarde. Não programei nada para antes do jogo pois quero estar concentrado. Porém, logo após acordar, ao abrir a porta de vidro da casa que dá para a rua do condominio me deparei com os usuais cortadores de grama com as suas máquinas cortadoras de grama assim com a turma das flores replantando as típicas plantas floridas do verão na entrada do condomínio.

Mas uma vez me deparo com o desinteresse do americano quanto à Copa do Mundo. Até mesmo nos jogos do time americano, pouco se ouvia falar da pífia participação da seleção americana durante os três jogos que jogou. Nos noticiários nada se falava e agora que o time americano já está de volta em casa com certeza nada mais será mencionado em relação à copa.

No último jogo do Brasil, estava vestido na canarinho e me surpreendi quando fui apanhar meu carro que estava na Firestone trocando um dos pneus. Ao retirar o carro um dos funcionários me perguntou sobre o resultado do jogo do Brasil e após inflar o peito de orgulho respondi um confiante "3 Brasil 0 Gana". Mas apesar dos cabelos aloirados do funcionário, li no seu crachá o seu nome: "José Perez". Muito possivelmente um cidadão mexicano com dupla nacionalidade. Mas o gringo que me atendeu, que me fez o nota fiscal, que cobrou a fatura no meu cartão de crédito e me viu vestido na super amarela camisa do Brasil, esse nem sequer questionou que tipo de camisa era aquela. Nome no crachá: Tom Peterson.

Não!! Não há que se ter esperança. Futebol não é e nunca será um jogo americano. E enquanto isso, durante a copa, países do resto do mundo vestem as camisas das suas seleções e torcem desvairadamente pelos seus times. E se por acaso a seleção de um determinado país não qualificou, nós emprestamos a canarinho para que eles também possam ser felizes ou tremendamente decepcionados por não ter sido dessa vez que o hexa foi conquistado.

Thursday, June 29, 2006

Nem sempre mas às vezes


Às vezes eu não queria ser tão responsável
Às vezes eu não queria ser tão prestativo
Às vezes eu não queria ser tão disponível
Às vezes eu não queria ser tão simpático
Às vezes eu não queria ser tão organizado
Às vezes eu não queria ser tão eu mesmo
Às vezes eu não queria ser tão virginiano

Às vezes eu queria ser mais despojado de tudo
Às vezes eu queria ser mais desencucado de tudo
Às vezes eu queria ser mais descontrolado de tudo
Às vezes eu queria ser mais "não estou nem ai" pra tudo
Às vezes eu queria ser mais... ou menos

Sunday, June 18, 2006

100% mais ou menos


A copa já começou, já se decobriu mais corrupção no governo Lula, Zarqawi foi morto e o Bush já tirou proveito do momento e fez uma viagem surpresa a Bagda.

Enquanto isso no meu caminho apareceram duas casas a serem vendidas, uma a ser comprada, um telhado a ser trocado, paredes a serem pintadas, carpetes a serem trocados, relatórios a serem conferidos, contabilidade a ser contabilizada, crianças em férias a serem entretidas, férias a serem planejadas, caixas a serem fechados...e como se tudo isso nao fosse suficiente, ainda tinha o Romário jogando no Miami F.C. Essas coisas todas me tiraram um pouco a minha liberdade de ter meu tempo... Mas nada como um ante-estressante tomado diariamente, a vontade de ter tempo de voltar a fazer o que se gostava de fazer e fazer acontecer.

Tou de volta até certo ponto. Não 100% totalmente, mas 100% parcialmente!! Mas estou aqui! Até qualquer hora dessas com alguma coisa mais interessante pra ler.

Thursday, April 20, 2006

Delas eu tenho duas



E não podiam ser melhores do que são. Lindas, carinhosas, obedientes, estudiosas... Não são perfeitas porque "O Pequeno Príncipe" já disse que "nada é perfeito" e eu em parte concordo com ele, mas elas chegam bem pertinho de serem perfeitas na idade que estão.

Uma tem 11 e a outra tem 9. Uma é loirinha e a outra é moreninha. Uma usa aparelho nos dentes e a outra espera ansiosa a hora de coloca-lo. Uma faz o tipo tímida e a outra se entrega e abraça apertado. Uma gosta de sorrateiramente sentar-se no seu colo e a outra não faz cerimônia para beijar, beijar e beijar. As duas dizem "I love you" todos os dias; as duas fazem as tarefas sozinhas; as duas brincam juntas o tempo todo e brigam exatamente como irmãs fazem; as duas são minhas filhas.

Amo a Lúcia por vários motivos e não pensaria duas vezes em casar com ela novamente. E sabendo que ela me deu as duas filhas que temos, o amor transborda. Mas, e agora? E daí??? No meio desse amor que arde e que tenho pelas minhas filhas, tenho alguns medos e inseguranças de como enfrentar situações e em como tomar decisões baseado em como fui criado e em como estou criando. Somos um mundo de sermos influenciados e de influenciar e isso não é nada fácil. Portanto, entre as conjecturas e elucubrações, vou vir aos poucos exorcizá-las aqui. E como diria uma amiga minha, "e que seja doce..."

Thursday, April 13, 2006

Ufa!

Não comecem a usar a imaginação de vocês porque já estou de volta. Ou pelo menos voltei para dizer que estou vontando. Como dizem lá na Gérbera Laranja, essa biroska não fechou não!! Tive visita por duas semanas em casa (se bem que a mãe da gente não é visita!!!) e estou as voltas tentando colocar a casa dos meus pais em ordem para vender e quando tudo parecia que ia bem, a máquina de lavar quebrou e tive que sair a procura de outra que encaixasse no mesmo lugar (máquina de lavar e de secar conjugadas com medidas exatas para caber no espaço e num preço bom: tá fácil ou quer mais???). Bem, parece que a bonança já começa a assentar...

E nesse meio tempo, como ninguém é de ferro, fomos a praia no final de semana passado e vejam ai a Natalia a Julia belíssimas (pai coruja, será que existe??!!)

Bem, logo logo tem post porque a vontade de escrever não morreu ainda!!!


Friday, March 31, 2006

O Melhor Lugar do Mundo


Uma idéia muito propagada é a de que vivemos numa grande aldeia. A internet e agora a tal da VOIP reduzem as distancias e aproximam as pessoas. Muito romântica a idéia. Basta ligar um computador, ajustar a camera e microfone e logo estamos falando com quem sentimos falta. Se a imagem não é tão importante, então podemos passar horas ao telefone conversando qualquer assunto com qualquer pessoa e assim matar a saudade e nos sentir mais perto.

Sabe o que eu acho disso? Tudo mentira! Coisa de marketing das companhias de tecnologia para nos fazer comprar todas as novidades que saem no mercado todos os dias. Um telefone ou um microfone e uma tela de computador nos dão uma sensação falsa de proximidade. Três mil milhas ainda continuam sendo três mil milhas e essa é uma distancia enorme. Quero ser hoje o anti-romantico, o estraga-prazeres ou o "seja-lá-o-que-for". Não me importa o título que me concedam, mas quero dizer que quando dizem que os corações se encontram mesmo na maior distancia, não acreditem, é mentira. Quando dizem que não existe distancia para a linguagem do amor e amizade, não acreditem, é mentira. Quando dizem que "o melhor lugar do mundo é aqui e agora", não acreditem, isso pode ser uma grande mentira.

Portanto, dentro da minha rebeldia de hoje quero deixar claro que o melhor lugar do mundo é onde queremos estar, com quem queremos estar e fazendo o que queremos fazer. Então, me perdoem os poetas e afins, mas o "melhor lugar do mundo" é utopia ou, como se diz no popular, "conversa para boi dormir"!

P. S. Post escrito após ler um scrap no Orkut da minha grande amiga Teresa Ferreira.

Friday, March 24, 2006

Tantas Cores


O céu é azul e a nuvem branca,
a floresta é verde e o mar azul,
a areia é branca e o piche preto;

O amazonas é marron e o negro negro,
a gérbera é laranja e a rosa rosa,
o exército é verde e a marinha marinho;

Um vinho é tinto e o outro branco,
o amor é amarelo e a paixão vermelha,
a inveja verde e a esperança também,


o céu de tempestade é cinza e sol ensolarado é ouro,
os seus olhos são mel e os meus pretos,

o rosa é choque e o azul claro,

o arco-iris tem muitas cores e muitas coisas não tem cor nenhuma;

assim como a paz é branca e na guerra falta cor,
hoje estou bem blue e amanhã, que cor?

Thursday, March 16, 2006

Um Homem Sem Nome


Ele era pontual, era trabalhador, era responsável, era organizado. Era discreto, muito discreto. Acordava cedo para fazer a barba, pentear os cabelos, se vestir, comer alguma coisa, escovar os dentes e, antes de sair, arrumar a cama. O percurso era o mesmo para o trabalho. Dobrava a primeira à direita onde estava a farmácia. Depois seguia direto até uma videolocadora que ficava à direita virando então à esquerda e mais quatro quarteirões. Trabalhava ali desde muito tempo. Não era gerente geral e nem de setor. Mas era quase assessor de gerência, quase importante.

Todo dia tirava a hora do almoço no mesmo horário. Como morava perto, comprava comida ao quilo e levava para comer em casa com um copo de suco. Arrumava ou lavava alguma coisa e voltava para a segunda parte do dia. Depois do expediente, às quartas-feiras passava no banco para tirar um extrato da conta e às sextas-feiras ia ao super-mercado comprar o que faltava para a semana seguinte. Não estocava mercadoria, apenas o necessário para uma semana.

Nos finais de semanas, andava um pouco perto do condomino de apartamentos módicos onde morava e isso servia de exercício fisíco. Talvez a praia, ou um giro no shopping center, ou uma sessão de cinema. Nunca a última sessão para não dormir muito tarde. Quando não, ia até a locadora e sempre demorava uma meia hora para escolher algum filme dramático, com finais pesados, chorosos. Os assistia na pequena tv de 20 polegadas sem tela plana, sem surround e com as luzes apagadas para dormir ali logo após os créditos do filme.

A semana passou exatamente como as anteriores e a atividade planejada para o final de semana foi uma visita à locadora e um filme dramático. O filme se desenrolava e ele se sentia leve. E no meio do filme ele dormiu, não um sono dramático, mas um sono leve, pacífico, sem dor, sem barulho e sem fim. Não haveria mais trabalho, nem extratos de banco às quartas-feiras, nem super-mercados às sextas-feiras, nem andadas, nem shopping, nem filmes nos finais de semana. Não haveria também gás no bujão. Junto com ele, também se esvaiu.

P.S. Texto baseado na letra da música "Um Homem Chamado Alfredo" (Vinícius/Toquinho)

Friday, March 10, 2006

Tudo começou com uma Pacífica


Fui hoje pela manhã com meu irmão alugar um carro para ele ir até Miami no fim de semana. Alugamos uma tal Pacifica da Chrysler, um carro luxuoso, espaçoso, tecnológico. Não cheguei a dirigir nem 5 minutos e já queria comprar um igual, da mesma cor, com a mesma potência, com os mesmos dois assentos extras no porta-mala oferecendo a possibilidade de rebaixá-los abrindo espaço para o maior porta-malas do mundo. E sabe a conclusão que cheguei: quero vender o meu Elantra e Rodeo para dar de entrada num carro desse ou até fazer um financiamento junto ao banco e ficar devendo por 6 anos para poder colocar essa máquina no meu estacionamento.

Apesar de já ter me recomposto dessa vontade ímpeta de puro consumismo, pensei em outras possibilidades de compras. Veja a lista:

> Uma casa enorme com jardins majestosos e um quarto de casal grandioso o suficiente que se possa passar um fim de semana sem necessidade e nem um pingo de vontade de sair de lá.

> Uma televisão slim de 52 polegadas acoplada a um surround digno de assistir ao melhor filme com os melhores efeitos sonoros que Hollywood já produziu.

> Ter um jatinho para ir a qualquer lugar a qualquer momento por quanto tempo desejar.

Tem muito mais, mas essa amostra já revela um puro non-sense, uma tremenda asneira. Não que não se tenha vontade de ter essas coisas, mas elas levariam qualquer um a se desconectar do mundo e viver isolado e trancafiado. Preferível seria a prisão dos sonhos pois essa ainda nos dá a possibilidade real de realização e satisfação. Se não liberados os sonhos, pelo menos não nos desconectamos dos relacionamentos reais que a vida nos presenteia quando nos tornamos gente com alma e coração.

Comovente o parágrafo acima! Mas que o carro, a casa, a televisão e o jatinho viriam a cair feito uma luva, disso eu não tenho dúvida!!! Caso eles se tornem realidade, alguém se habilita a não me deixar me desconectar da realidade??? :))

Friday, March 03, 2006

O País das Meias


Essa semana abri minha gaveta de meias e percebi que mais duas estavam sem o seu devido par. Sozinhas, isoladas, abadonadas. Sairam para ser lavadas e no caminho de volta para a gaveta se perderam, se separaram. E por que isso acontece? O que acontece com as meias que não voltam às gavetas?

Depois de uma curta meditação, resolvi desvendar o mistério das meias desaparecidas. E qual a melhor maneira para fazer isso? Nos tornar uma meia, nos envolver no meio das meias.

Pronto, sou uma meia. Minha parceira e eu somos um par de meias elegante. Nada de material sintético. 100% de algodão puro e escovado, daquelas social macia e que abraça o pé como só uma meia sabe fazer. Recém saida da embalagem, somos vestidas em pés sem calos, sem rachaduras e sem cheiro desagradável. Até o sapato é de couro novo. Italiano! Nós nos sentimos em casa, a vontade...o sonho de toda meia.

Depois de tantas indas e vindas do pé, para a máquina de lavar, para a gaveta, para pé, para a máquina de lavar, para a gaveta... Ufa!! Que rotina mais entediante essa de ser meia. Foi quando pensei que deveria haver muito mais do que apenas ser uma meia usada, lavada e guardada. Deveria haver um lugar mais interessante do que cobrir aquele mesmo pé naquele sapato de couro. Cheguei a conversar sobre isso com o meu par, a outra meia, mas ela achou a coisa mais absurda. Meia nasceu pra ser meia até furar e ser jogada fora, sem vida, mal cheirosa, furada. Mas eu não me conformava com essa idéia. E foi de pensar tanto que descobri com transceder do mundo de cobrir pés para o mundo das meias. Isso mesmo, o Mundo das Meias!!!

Um dia, no caminho entre ser lavada e ir para a gaveta, transcedi e nunca mais voltei. Nem o meu par meia sabe para onde fui. Fico com pena dela sozinha no canto da gaveta sem par esperando a qualquer hora virar brinquedo de boneca. Enquando eu estou aqui desfrutando do Mundo das Meias. E pelo número de meias sem par aqui nesse mundo, parece que a coisa é bem popular. Melhor ser uma meia 100% algodão puro escovado e livre no meu próprio país a ter que vestir pés dia após dia, após dia, após dia...


P.S. Vocês já pensaram no mundo dos lápis, das borachas, das moedas, das chaves... Quem consegue transceder é que é feliz!!

P.S. Esse post é dedicado a você que me pediu pra escrever um pouco de besteirol. :)


P.S. Será que a estória tem uma moral???

Tuesday, February 21, 2006

Loucura


Estava assistindo as Olimpíadas de Inverno na tv ontem a noite e eles estavam apresentando 8 casais patinando no gelo. Um casalzinho da Bulgária apresentou a parte deles e como música de fundo eles tinham trechos do Fantasma da Ópera. Não assisti ao filme mas já assisti ao musical por duas vezes e sempre me vejo com dó do fantasma no final do musical. Acho que por gostar tanto da música e da trama do Fantasma da Ópera, torci pelo casal da Bulgária, mas infelizmente eles não ganharam nenhuma medalha.

Mas mesmo assim a apresentação deles me fez sentir a mesma sensação que senti quando assisti ao musical pela primeira vez. Para mim não há dúvida: o fantasma era louco e morreu de amor. Durante boa parte do musical você torce pelo amor do mocinho e da mocinha, mas para mim, chega um momento que passo a torcer pelo estranho amor do fantasma.

E existe alguma coisa mais estranha do que o amor? Quando somos arrebatados pelo amor não vemos mais nada, não sentimos mais nada, não falamos mais nada, não fazemos mais nada a não ser nos embriagar desse sentimento que nos toma por completo e nos faz transpirar por todos os poros o próprio amor. Quando em amor, perdemos os sentidos, perdemos o sono, perdemos o controle, perdemos a noção da realidade, perdemos a noção do coerente. Nos tornamos ridículos, nos tornamos infantis, nos tornamos sensíveis, nos tornamos cegos.

Mas e daí? Que venha o amor e que nos faça delirar; e que nos faça sonhar; e que nos faça perder o folego; e que nos faça dilatar a pulila, afinal de contas amar não faz sentido, é coisa para loucos, loucos de amor...

Friday, February 10, 2006

Entre o ser o o não ser



Agora nesse momento me vem a mente e lembro...
Lembro que você não é a minha cara-metade;
Que você não é a minha alma-gêmea;
Que você não é minha parceira;
Que você não é minha apenas...


De leve o meu coração sorri e lembro...
Lembro que você é a minha cara-inteira;
Que você é minha alma;
Que você é minha companheira;
Que você é minha e muito mais...


P.S. Esse post é dedicado a minha esposa Lucinha (Iú). Feliz aniversario Iú. Love you!

Tuesday, February 07, 2006

Presença


Se sua presença causa alegria
Queira estar presente

Se na sua presença continua alegria
Queira estar presente

Se na sua ausência, falsa alegria
Queira estar presente
Na mente, constatemente

Friday, February 03, 2006

O Sítio

Depois de vários comentários sobre a tristeza e crueldade do último post, resolvi ser bem light nesse aqui. Tão light quanto três veadinhos passeando no quintal da minha casa. Isso mesmo, confiram as fotos.

Meus amigos chamam esse lugar onde eu moro de "sítio" por ser tranquilo e ter uma florestinha no quintal. Mas na verdade não tem nada a ver com sítio nenhum porque fica dentro do perímetro urbano com supermercado, farmácia e escola, tudo ali na esquina. Inclusive o Seaworld fica a uns 10 minutos daqui e a Disney a uns 20 minutos. Definitivamente não moro no fim do mundo. E é um lugarzinho aconhegante. Quando estávamos comprando a casa, o antigo morador havia nos falado que vez por outra se via veados pastando na florestinha no quintal, bem como outros animais como tatus, flamingos, garças (o que nao é novidade na região), gambás e racoons. Os gambás ainda nao apareceram e isso não é ruim!!! O outros todos ja tinham aparecido, com excessão dos veados...mas eis que eles apareceram. A Natália os viu primeiro e me chamou para registrar. Ai estão algumas fotos.

Espero que, depois desse post light, esteja perdoado pelo post anterior tão asssim, digamos, real!!

Abraços e bom fim de semana!

Saturday, January 28, 2006

A Viagem

Ele fora convocado e estava lá quando devia. A adrenalina da situação o fazia insensível. As coisas de que sentiria falta, as pessoas de quem sentiria saudades, nada disso o atormentava. Simplesmente a ansiedade de cumprir a obrigação da melhor maneira possível o levava a frente dotando-o de uma coragem inexplicável.

Logo ao se apresentar eles o cobrem com roupas apropriadas. Toda a proteção necessária fazendo dele mais homem do que aparenteva ser. Novos amigos, novas missões, novos medos, novas sensibilidades, novos traumas, novas saudades. O coração também se tornara novo, diferentemente novo.

Ele cumpre as ordens exatamente como fora ensinado. Só não consegue cumprir uma e infelizmente a ordem de se manter vivo é por demais complicada e um explosivo invisível no meio do caminho viola tal ordem.

E assim ele volta para casa. A posição é horizontal, a adrenalina já não existe mais, as pessoas já não importam mais. Mas ele voltou, diferente, frio e adormecido. Mas pelo menos voltou!



Saturday, January 21, 2006

Do Massacre ao Amor

Sou um cinéfilo declarado, já estava com saudade e hoje finalmente deu certo nos "embriagarmos" de cinema. Não DVD, mas cinema mesmo com direito ao som alto nas caixas e aquela tela enorme à frente. As crianças e "patroa" entraram numa sala e eu em outra.

Na primeira sala assisti a Munich, sobre o massacre dos atletas israelenses nas olimpíadas de 1972. Muito interessante. Me instigou a chegar em casa e ler mais sobre esse episódio (Black September) e inclusive saber mais sobre os fatos após as olimpíadas. O filme não é monótono e muito pelo contrário, muita ação. E, mais uma vez, o filme me fez constatar a minha ojeriza por qualquer tipo de guerra e violência. Estou devendo um post sobre isso e agora então não deve demorar para sair.

Foi mais de duas horas de imersão no massacre de Munique, mas valeu a pena. Na segunda sala as coisas deveriam ser mais brandas. O filme escolhido: Brokeback Mountain. Como disse, as coisas deveriam ser mais brandas, mas após assistir a esse filme a gente sai da sala de projeção pesado. A senhora do meu lado chorava copiosamente durante os créditos. E não era para menos. O amor, sem importar como ele acontece, é bonito e mexe com os nossos mais profundos sentimentos. Fui, assisti, gostei e sai de lá acreditando ainda mais no amor e confirmando a tristeza que é a solidão.

Não vou falar mais para não estragar as surpresas para quem ainda vai assistir a esses filmes. Mas se você tem alguma dúvida se deve assisti-los, vale a pena tentar. E pra terminar, só mais duas fotos que achei bem bonitas sobre esses filmes.






E agora, boa pipoca, boa coca-cola e bom filme!

P.S. Os filmes assistidos por minhas mulheres foram: Nardia, Cheaper by the Dozen e Hoodwincked. Infelizmente para esses não tenho resenha!! :))

Wednesday, January 18, 2006

Sobre a verdade e o seu oposto

Não prefiro a morte por ser trágica;
Nem prefiro a cara fechada porque trava o coração;

Prefiro o coração apertado;
Prefiro o amor desmascarado;
Prefiro o choro e o soluço;
Prefiro o olhar piedoso e a dor dilacerada...

Mas não prefiro a verdade emcabulada;
Nem a verdade desregulada;
Não prefiro a verdade embaraçada;
Muito menos a verdade envergonhada.

Prefiro a verdade assimilada;
A verdade bem falada;
A verdade desmascarada...
Exatamente assim como prefiro a verdade verdadeira;
Simplismente a verdade, totalmente, inteira...

Caso ainda haja dúvidas, não prefiro a meia-verdade;
Nem prefiro a quase-verdade;
Simplesmente prefiro a verdade
A verdade verdadeira
Simplismente a verdade
Sem subterfúgios
Bem assim, a verdade sem eira nem beira.


P.S. Julia, você já está perdoada!!!! Dad loves U!!

Wednesday, January 11, 2006

Meu Bem Querer

Meu bem querer não me escolheu, apareci.

Meu bem querer não revela segredos, transparece.

Meu bem querer não fala de amor, se apresenta.

Meu bem querer não é lua, tem fases.

Meu bem querer não dorme, adormece.

Meu bem querer não prende, cativa.

Meu bem querer não escurece, sombreia.

Meu bem querer não se fecha, recolhe.

Meu bem querer não me cerca, se aconchega.

Meu bem querer não está a venda, já é meu bem querer...

Tuesday, January 10, 2006

Tá bom ou quer mais???

Recebi um mail ontem que tem tudo a vê com o último post escrito. Apesar de não estar no Brasil, achei muito útil colocar aqui para que aqueles que estão no Brasil comecem a se programar porque não vai faltar oportunidades para vocês darem as saídas de vocês com muito frequência nesse 2006. E eu? Bem, eu vou fazer o que eu puder aqui...mas com certeza aproveitando também. Boa leitura!

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2006 vai passar voando: Copa do Mundo, eleições... Quando abrirmos os olhos já estaremos em Novembro, fazendo planos para o reveillon de 2007. O negócio então é aproveitar muito cada bate-papo, festa, boteco com os amigos, almoços com a família, discussões por e-mail, comemorar como se deve - e como você merece - seu aniversário etc e tal. Mas chega de papo de livro de auto-ajuda e vamos ao que interessa:

> Carnaval - 25, 26, 27 e 28 de FEVEREIRO (ôpa, cabe uma viagenzinha aqui!..)
> Páscoa - 14, 15 e 16 de ABRIL ( aqui também!..)
> Tiradentes (21.04) - cai numa SEXTA (YES!)
> 1º de Maio - cai numa SEGUNDA (até agora tá maravilhoso!!! E nem chegou a Copa)
> Corpus Christi - 15, 16, 17 e 18 de JUNHO (para onde vamos mesmo?!)
> Revolução Constitucionalista (09.07) - cai num DOMINGO (nem tudo é perfeito...)
> 7 de setembro - QUINTA (emenda?!)
> 12 de outubro - QUINTA (emenda?!)
> Finados (02.11) - QUINTA (emenda?!)
> 15 de novembro - QUARTA (acho que não dá pra emendar...)
> Consciência Negra (20.11) - SEGUNDA
> Natal - de domingo pra segunda
> Ano Novo - de domingo pra segunda

Tá bom ou mais ou menos o ano? E tem mais!!!

> 13.06 (terça) - Brasil x Croácia, às 16h00
> 18.06 (dom) - Brasil x Austrália, às 13h00
> 22.06 (quinta) - Japão x Brasil, às 16h00
> OITAVA - 27.06 (terça), às 12h00
> QUARTA - 01.07 (sáb), às 16h00
> SEMIFINAL - 05.07 (qua), às 16h00
> FINAL - 09.07 (dom), às 15h00


Bem pessoal, que vai faltar dias nesse ano, isso vai. E tem gente que ainda reclama que a vida é dura...


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Definitivamente não dá pra reclamar!!! Continuem a ter um bom ano!!!

Tuesday, January 03, 2006

A gente vai sair hoje?

Era como se tivesse voltado à adolecência. Joga uma muda de roupa na mochila, pega uns trocados na gaveta, calça a Havaiana, coloca um pouco de gasolina no tanque e pega a estrada. Não foi bem assim nessas proporções básicas, mas foi muito assim dado a maneira como aconteceu.

29 de dezembro de 2005. O caminho foi o mesmo para o trabalho, mas a coragem não. Meio que me arrastei e me forcei a trabalhar. Acho que eu estava precisando do telefonema que recebi para tomar um caminho diferente e com a coragem redobrada. Minha filha me telefona perguntando se iríamos sair à noite. Essa é uma pergunta básica do vocabulário dela, não importa se é uma segunda-feira e eu chegue cansado e estressado do trabalho. Ela sempre quer fazer alguma coisa fora de casa. Mas nessa última sexta-feira de 2005 a pergunta soou como música. Naquele momento após ouvir a pergunta, para mim mesmo respondi que sim. Definitivamente iríamos sair a noite. Eu não tinha a menor idéia para onde sairíamos, mas sabia que sairíamos para algum lugar perto ou longe, mas algum lugar que não fosse ficar em casa.

Depois de alguns telefonemas a reserva estava feita. Destino final: Stone Mountain, Georgia. Seis horas de viagem nos separavam do nosso destino. Pegar um vôo para Atlanta? De maneira nenhuma!! Queria mais era o prazer de passar seis horas dentro de um carro no último suspiro de 2005 com as três mulheres da minha vida. (Minha vida tem muito mais mulheres, mas essas três moram comigo!! Jealousy Kills!!).

A passada em casa só foi para pegar as mochilas, passar a mão no dinheiro que ainda estava escondido na latinha de metal para alguma ocasião especial exatamente como essa, o AMEX na carteira para socorrer nas emergências, uns mapas básicos no laptop para não ir parar em New York e a vontade imensa de cair na estrada. Com o espírito que nós estávamos para essa viagem surpresa, até o hotelzinho de beira de estrada por $30.00 a diária era uma festa.


Já em Stone Mountain, os dois dias que passamos ali foram especiais. O colchão e travesseiros de penas de ganso eram confortabilíssimos; a paisagem era belíssima; o clima era friozinho como de serra; me empanturrar de McDonald's e Pizza Hut por causa das crianças não foi tão ruim assim; fazer o tour da CNN foi imprescindível; ver as crianças patinar no gelo foi emocionante e o tempo aproveitado com três pessoas que fazem de mim um dos homens mais feliz do mundo não teve preço.

E na volta da viagem e exatamente nesse momento que estou escrevendo fico pensando naquela pergunta que minha filha me faz pelo menos umas quatro vezes por semana: "A gente vai sair hoje?" O que que tem por trás dessa pergunta? Vejo que na visão de uma criança, o fato de sair de casa representa a novidade, o diferente. E isso é exatamente o que precisamos para não cairmos na monotonia da vida: novidades e coisas diferentes.

Felizmente naquela última sexta-feira do ano respondi a tempo e optei pelo novo e diferente. Demos sorte de ter podido viajar e ver paisagens novas e pessoas diferentes. Mas se não fosse assim e as paisagens não tivessem sido tão diferentes e nem tão diferentes fossem as pessoas, mesmo assim a saída teria que ter proporcionado o mesmo bem estar e a sensação de estar vivendo melhor. Isso sim, era fator primordial.

Portanto, de agora em diante quero sempre me perguntar: "A gente vai sair hoje?" E quero sempre ter respostas criativas para essa pergunta porque "a vida não pára no porto, não apita na curva, não espera ninguém..."

A propósito, você vai sair hoje?